Convocados por um instinto que reclama uma (re)ligação à natureza, a importância da alteridade das plantas e uma vontade urgente de proximidade da terra, a Malvada desenvolve um projeto de criação artística que é imerso em complexidade, tensões e dúvidas, que se realiza ao longo do ano de 2022.
Em PLANTA explora-se a estética de jardim do tempo, experienciando a noção da cultura japonesa de “Ma” – o espaço intermediário, a suspensão, um vazio que não remete à ausência de algo, mas que existe como possibilidade em potência. Ao longo do projeto apresenta-se um Ciclo de Conversas, uma Escrita Epistolar, uma Exposição e um Espetáculo, todos interligados num processo de inteligência distribuída similar ao das plantas. Promovemos ainda atividades de serviço educativo e de envolvimento da comunidade, organizadas com os vários parceiros do projeto. Esta criação de cruzamento disciplinar inclui uma componente de reflexão e de construção de pensamento crítico sobre a atualidade e o futuro num diálogo entre artistas, participantes, público e pensadores.
O processo iniciou-se no final de março 2022, com a Residência Raiz, no espaço da Malvada em Évora, durante a qual se realizou uma masterclass participativa aberta à comunidade, criou-se relação com o território, semeou-se o projeto e definiram-se dispositivos e processos para a criação da Escrita Epistolar, da Exposição e do Espetáculo.
Em junho apresentaram-se os episódios de CONVERSAS À JANELA, com Álvaro Domingues, Aurora Carapinha, Fátima Vieira, Gisela Casimiro e Michiko Okano, disponíveis online.
A ESCRITA EPISTOLAR envolveu a troca de cartas entre artistas, na qual se explorou o tempo demorado na espera da resposta e a construção de um texto que partiu da partilha de ideias, experiências sensoriais e narrativas trocadas no ato performativo de correspondência por correio, que decorreu de abril a agosto. O material textual apresenta-se agora numa Leitura Epistolar e posteriormente numa Instalação de Cartas.



A Exposição de fotografia [ENTRE], da autoria de José Miguel Soares, inaugura em setembro no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, e coabita com a exposição permanente do museu, expondo-se nos intervalos entre as obras, resultando num espaço de coexistência e alteridade. Posteriormente cria-se um conjunto de postais de imagens fotográficas num ato performativo de interação com o público.
A dramaturgia do espetáculo [APNEIA] com texto e encenação de Ana Luena, explora na cena os conceitos e noções aprofundadas no projeto e alimenta-se ainda do acervo de cartas, consubstanciando a dimensão interdisciplinar do mesmo.



Durante as residências de criação e de ensaios e durante os momentos das apresentações públicas promovem-se várias ações com grupos da comunidade (Masterclasses, Oficinas, Laboratórios, Conversas e Leituras), valorizando a dimensão educativa e a sensibilização para a criação artística e cultura.
No âmbito deste projeto, criou-se uma performance-oficina de elogio às plantas [ÁRVORE DA VIDA], apresentada em escolas durante o mês de maio, disponível agora para circular durante o próximo ano letivo 2022/23.

Criação Ana Luena & José Miguel Soares Interpretação Nuno Nolasco, Helena Baronet, Rafael Ferreira Música Zé Peps Desenho de luz Pedro Correia Fotografia José Miguel Soares Texto e encenação Ana Luena Escrita epistolar Ana Luena, Filipa Leal, Joana Bértholo, Tiago Alves Costa Oradores Álvaro Domingues, Aurora Carapinha, Fátima Vieira, Gisela Casimiro, Michiko Okano Moderador Leonel Alegre Língua Gestual Portuguesa Hands Voice Colaboração oficina e performance Márcia Brito Assistência de Produção Beatriz Ourique Design Joana Areal Coprodução Município De Évora, Teatro Municipal De Bragança, Teatro Municipal De Vila Real Residência de coprodução O Espaço do Tempo Parceiro Institucional Património Cultural – Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo Apoios União de Freguesias Bacelo e Senhora Da Saúde, Agrupamento de Escolas André de Gouveia – Escola Conde Vilalva, Programa Artes à Escola Apoios logísticos Souk, Sopas Graciete, Queijaria Cachopas, Dourado Distribuições, Centro de Jardinagem de Évora, Restaurante A Bruxa D´Évora Mecenato Gama Uno – Architecture And Design Solutions Parceiros Junta de Freguesia dos Canaviais, A Bruxa Teatro, Gerador – Plataforma Independente de Jornalismo Cultura e Educação, Escola de Artes da Universidade de Évora, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, Agrupamento de Escolas de Vendas Novas, Marca – Associação De Desenvolvimento Local, _Artéria_Lab – Universidade de Évora Parceiros de Comunicação e Difusão Museu da Paisagem, Palavra Comum – Revista Galega de Artes e Letras, Rádio Diana Protocolos Universidade de Évora, Associação Académica da Universidade de Évora, Sindicato Democrático dos Professores do Sul, Associação Comercial do Distrito De Évora Parceiros de Mediação e acessibilidade Letras Nómadas – Associação de Investigação e Dinamização das Comunidades Ciganas, Associação Portuguesa de Deficientes – Delegação Distrital de Évora Cofinanciado Por Alentejo 2020, Portugal 2020, Fundo Social Europeu | União Europeia, Iefp, Compete Organização e produção Malvada Associação Artística
PLANTA tem o apoio da REPÚBLICA PORTUGUESA – CULTURA / DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES

Modelos Fotográficos
Gio Lourenço, Márcio Pereira, entre outros