ÁRVORE DA VIDA é uma performance, com criação de Ana Luena & José Miguel Soares, que envolve de modo prático e dinâmico os participantes promovendo o gosto pela natureza, pela leitura, pela fotografia e pela arte em geral. Pode ser apresentada em escolas, encontros, bibliotecas e tem como público-alvo, crianças e famílias.
Esta criação de elogio às plantas inclui a participação do público na encenação, através de um guião que promove a interatividade em tempo real. A performance cruza texto e música original, poesia, movimento e uma instalação de imagens fotográficas. O dispositivo cénico é simples, de forma a poder adaptar-se à sala de aula e a espaços alternativos.
Sabemos muito pouco sobre as plantas, apesar de habitarem a Terra há muito mais tempo do que nós, seres humanos. Entre as plantas, contam-se algumas das formas de vida maiores e mais pequenas, mais antigas e mais recentes, mais perfumadas e mais fedorentas do planeta.
Nesta performance-oficina, somos conduzidos por uma personagem que se chama Acácia, o nome de uma planta trazida dos antípodas para Portugal, devido às suas características exóticas, e que agora é considerada invasora. Esta personagem que conduz a performance transforma a sala de aula num espaço vazio, pleno de possibilidades. Ela guia os participantes através da poesia, da amostras de exemplares, de imagens e de histórias sobre as plantas. Esses seres diversos que estão por todo o lado, nos parapeitos das janelas, nas hortas, nas ruas, nos jardins, no pátio da escola.
Criação ANA LUENA & JOSÉ MIGUEL SOARES Encenação, Texto e Figurino ANA LUENA Instalação Fotográfica e Máscaras JOSÉ MIGUEL SOARES Música ZÉ PEPS Com MATILDE MAGALHÃES Maquilhagem CHISSANGUE AFONSO Assistência de Produção BEATRIZ OURIQUE Estagiária de Assistência de Produção DAMARIS LIMA, QUÉLIA FRIAS Design Gráfico JOANA AREAL
Apoios ARTES À ESCOLA, JUNTA FREGUESIA DOS CANAVIAIS, UNIÃO DE FREGUESIAS DO BACELO E NOSSA SENHORA DA SAÚDE, UNIÃO DE FREGUESIAS DA MALAGUEIRA E HORTA DAS FIGUEIRAS, SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE BORBA, CENTRO DE JARDINAGEM DE ÉVORA Cofinanciado por ALENTEJO 2020, PORTUGAL 2020, FUNDO SOCIAL EUROPEU | UNIÃO EUROPEIA, IEFP, COMPETE Produção MALVADA ASSOCIAÇÃO ARTÍSTICA
A Malvada Associação Artística é uma estrutura financiada pela REPÚBLICA PORTUGUESA – CULTURA / DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES com o apoio do MUNICÍPIO DE ÉVORA
Árvore da Vida é apresentada no âmbito do PLANO NACIONAL DAS ARTES e ECO-ESCOLAS. Dirigida ao público infantil até aos 14 anos e grupos organizados de 1º, 2º e 3º ciclo, está disponível para circular em escolas e noutros contextos programáticos.
A criação foi inspirada em textos e poemas dos seguintes livros e autores: “A nação das plantas”, de Stefano Mancuso, “O Livro dos Prazeres Inúteis” de Dan Kieran & Tom Hodgkinson, “Louvor da Terra” de Byung-Chul Han, “Botanicum” de Kathy Willis e Katie Willis, “Coisas que gostam de coisas” de João Pedro Mésseder, “Poemas às Quatro Estações” de Manuela Leitão, “Herbário” de Jorge Sousa Braga.
Apresentações incluídas na Bienal Cultura e Educação, 2023 RETROVISOR: Uma História do Futuro
3 a 10 MAR 2023 Antiga Escola Primária dos Canaviais Dirigidas a grupos organizados
22 MAR 2023 Santa Casa da Misericórdia de Borba Creche e Jardim de Infância da Aldeia Social da Santa Casa da Misericórdia de Borba
17 MAR a 2 JUNHO 2023 Circulação em Escolas e outros contextos programáticos
Outras apresentações:
16, 17 e 18 AGO 2023 Parque Natureza do Agroal, Ourém Parceria Teatro Municipal de Ourém
Minha querida amiga Acácia, O inverno foi longo e frio. Agora que chegou a Primavera e com ela os dias de sol, tudo me parece mais sincero e terno. Toda a gente anda com um sorriso nos lábios e um brilho nos olhos. As máscaras caíram e finalmente vemos o rosto de cada pessoa que passa. Andam mais felizes, apesar das notícias na televisão. Que bem que sabe o vento fresco da manhã a bater nas minhas folhas viçosas. Por vezes chove e logo aparecem os raios de sol que aquecem a terra e todo o campo se torna verde e cheio de flores de todas as cores. Acácia, eu conheço os teus lamentos e sei o quanto tens sofrido, desde que foste considerada invasora. Um elemento estranho e perturbador à paisagem nativa. Agora indesejado e perseguido. Os humanos esquecem-se o quão bem recebidas foram as plantas da tua espécie, e outras similares como o Eucaliptus, a Araucaria e a Grevillea. importadas dos antípodas. Vocês fizeram as delícias dos admiradores da cultura das plantas exóticas, assim como serviram a plantação de florestas produtivas num país de vastas áreas incultas.
Minha querida amiga, mantenho a esperança na natureza e na humanidade. Não é o ser humano parte da natureza? Claro que sim. E como nós, as plantas, vão encontrar uma solução de adaptação e não de extermínio. Fica descansada. O teu perfume continuará a deslumbrar todos os seres vivos da terra. A tua flor é símbolo de amor secreto e de amizade profunda, por isso continuará a reinar.