residência fotográfica . FORA DE CAMPO

‘Fora de Campo’ juntou seis fotógrafos durante uma semana em janeiro de 2021, vindos de diferentes pontos do País, com linguagens e propostas distintas, numa residência imersiva nos Canaviais, uma freguesia nos limites do perímetro urbano de Évora, que já não é rural e ainda não é cidade, é periferia no sentido do que é vago e impreciso.

Durante esta residência, António Carrapato, José Miguel Soares, Pedro Vilhena, Rui Dias Monteiro, Sofia Berberan e Susana Paiva captaram, editaram, imprimiram as imagens e montaram uma instalação em espaço público, num trabalho site specific e de ocupação, através de um processo que promove a partilha artística e a auto-sustentabilidade da produção criativa em lugares esquecidos e periféricos.

  • 10 a 16 de janeiro de 2021, Antiga Escola Primária dos Canaviais, Évora

Os fotógrafos com quem partilhamos o projeto nesta residência partiram do que este território pode inspirar. Desde o início da Pandemia Covid’19 que o percurso das azinhagas, onde foi apresentada a instalação, tem sido espaço desejado de liberdade. Com este projeto assume-se também como lugar de fruição de arte, num acontecimento que para além de refletir sobre a periferia e os seus limites, deseja fazer da periferia o centro.  

Esta residência artística de criação na Antiga Escola Primária dos Canaviais resultou numa instalação fotográfica nos caminhos do (des)confinamento neste bairro periférico de Évora.

As imagens foram instaladas ao longo de um percurso pré-definido  pela direção artística nas azinhagas dos Canaviais. Durante os dias da montagem criou-se uma forte relação com o público curioso que passava nos caminhos e com quem a equipa dialogava sobre a instalação, o processo e o território. Este ato de ocupar publicamente foi assumido como instalação performática, em que a Abertura da Instalação aconteceu precisamente nos primeiros dias do segundo confinamento geral em Portugal (15 e 16 de junho 2021).

notas para a criação de Instalação Fotográfica: lançamento de imagens no ribeiro; a solidão desse mesmo acto; a natureza efémera da fotografia; as ações de desgaste sobre as imagens impressas; a fragilidade das imagens na natureza; a fotografia como território; o contraste e a convivência de elementos urbanos e rurais; os vestígios das pessoas nestes locais; o frente e o verso do percurso; a botânica como um lugar periférico; o património humano da periferia; imagens abraçadas em sobreiros; procurar imagens instaladas nos lugares do (des)confinamento; os desvios dos caminhos como periferia; uma instalação que se regenera e transforma ao longo da sua apresentação pública

projeto Revela-me [ movimento artístico de ativação de territórios periféricos e esquecidos]

Criação e direção artística Ana Luena e José Miguel Soares Fotografia e conceito José Miguel Soares Design Joana Areal Fotógrafos António Carrapato, Pedro Vilhena, José Miguel Soares Rui Dias Monteiro, Sofia Berberan, Susana Paiva Assistente de produção e comunicação Rita Boavida Produção Malvada Associação Artística Coprodução Câmara Municipal de Évora Apoio logístico Junta de Freguesia de Canaviais; Revela-me tem o Apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

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